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25.11.2021

Relatos do Bispo

Terceiro dia da Assembleia Eclesial aponta ser necessário reacender Aparecida para responder os clamores do povo latino-americano e caribenho


A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe está tomando forma, ganhando profundidade, focalizando seu olhar nos desafios para a Igreja na América Latina e no Caribe à luz do discernimento comunitário, tema que animou as reflexões do terceiro dia, terça-feira, 23 de novembro, iluminado pela citação bíblica que diz que “O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo: convertei-vos e crede na Boa Nova”.

Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo diocesano de Cachoeiro de Itapemirim e que está representando todo o Regional Leste 3 (Espírito Santo) da CNBB, está participando de forma online e ativa da Assembleia. O bispo tem gravado relatos diários, como é possível ver acima, informando a população sobre os acontecimentos e as principais partes que envolvem este encontro tão importante para todo o continente e para a Igreja em geral. 

 

Cardeal Odilo Scherer e Agenor Brighenti

A Assembleia, desde sua convocação, ancorou suas raízes em Aparecida, a última Assembleia Geral do Episcopado Latino-americano realizada em 2007. O representante da CNBB no Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), cardeal Odilo Scherer, falou sobre isso após a oração de abertura. O primeiro vice-presidente do Celam lembrou também o convite do Papa Francisco para retomar o Documento de Aparecida, “porque ele contém uma riqueza muito grande, que talvez não tenha sido suficientemente absorvida”. O cardeal Scherer disse ser momento de fazer um balanço, levando em conta as novidades dos últimos 14 anos, para viver “um processo de conversão pastoral, uma conversão missionária”.

Este não é apenas mais um evento, disse o teólogo brasileiro e membro da equipe teológica do Celam, Agenor Brighenti, aos membros da Assembleia. Este é “um novo passo em um rico processo sinodal na América Latina e no Caribe, que deu à nossa Igreja uma palavra e um rosto próprio”. Por isso ele também insistiu em “reviver Aparecida”, num caminho que nos leva a uma segunda recepção da renovação do Concílio Vaticano II.

 

Raízes Africanas e o povo Originário

A conferência de imprensa desta terça-feira foi um momento para escutar os clamores dos povos da América Latina e do Caribe. O clamor dos povos afrodescendentes, da Amazônia, da juventude e as dificuldades enfrentadas na formação dos futuros sacerdotes foram temas das discussões.

As raízes culturais da América Latina e do Caribe foram abordadas pelo cardeal Felipe Arizmendi, pelo padre Venanzio Mwangi IMC, pelas irmãs Laura Vicuña e María Suyapa Cacho Álvarez. O cardeal mexicano destacou que o Celam coloca os excluídos em primeiro lugar, representados nos povos indígenas e afro, para os quais a terra e a vida comunitária são fundamentais. Para eles, ele pediu abertura e compreensão da Igreja. O conhecimento ancestral daqueles que vivem na periferia deve ser valorizado e integrado, segundo irmã Maria Suyapa, e a Igreja deve se unir a eles.

A Irmã Laura Vicuña pediu que a Igreja fosse uma aliada dos povos originários, pronta para defender a vida, a terra e os direitos, para acompanhar e tecer redes para a defesa e promoção dos direitos humanos. O Padre Venâncio se perguntava sobre as aspirações do catolicismo em relação ao povo afrodescendente e destes em relação ao catolicismo. É por isso que ele chamou para passar do mito à realidade sobre a diversidade étnica e cultural de nossa identidade e para celebrá-la através da fé.

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Assista aos depoimentos a partir de 1h47m do vídeo abaixo.

 

Com informações do padre Luís Miguel Modino, membro da Equipe de Comunicação Assembleia Eclesial

 

 

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