Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

Festival de Música

Ano Missionário Jovem

TEXTO-BASE

(Inspiração para a construção do Hino- Ano Missionário Jovem)

A Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, a partir da realidade das nossas 1.050 CEB’s, realizamos a Assembleia Diocesana de Pastoral no ano passado e constatamos as luzes e os vazios pastorais. Fomos iluminados pela Palavra de Deus e pelo Magistério do Papa Francisco. Daí, traçamos os encaminhamentos pastorais para os próximos anos 2019 – 2023.

Como Elementos importantes, a programação contemplará a Eclesiologia Diocesana, Iniciação Cristã e Formação. Definimos como Eixos Pastorais Transversais: “Igreja em Saída – CEB’s a Serviço da Vida”, “Iniciação Cristã de Inspiração Catecumenal” e “Periferias Existenciais – Situações de Vulnerabilidade e Injustiças”. As Urgências assumidas foram: Pastorais Socioambientais, Iniciação Cristã, Jovens, Missão e Família.

Em outubro de 2019 a 2020 reavivaremos a consciência batismal do Povo de Deus em relação à missão da Igreja. O Papa Francisco, nos convida a “escutar aquilo que o Espírito nos está a dizer, não podemos ignorar que a pastoral juvenil deve ser sempre uma pastoral missionária” (CV 240).

“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!”( Mt 16,15). Aderir a este mandato do Senhor não é opcional para a Igreja; é uma “obrigação” que lhe incumbe, como recordou o Concílio Vaticano II (AG 7), pois a Igreja “ é, por sua natureza, missionária” (AG 2). “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar”(EN 13). A fim de corresponder a esta identidade e proclamar Jesus Cristo crucificado e ressuscitado por todos, como Salvador vivente, Misericórdia que salva, “a Igreja, movida pelo Espírito Santo, - deve, afirma também o Concílio – seguir o mesmo caminho de Cristo: o caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação própria até a morte” (AG 5), de modo que comunique realmente o Senhor, “modelo da humanidade renovada e imbuída de fraterno amor, sinceridade e espírito de paz, à qual todos aspiram”(AG 8). Por isso, o impulso missionário é fruto necessário à vida que a Trindade comunica aos discípulos.

A missão de Cristo deve suscitar em cada cristão, o desejo de bem servir, anunciar, propagar e fazer com que Jesus Cristo seja conhecido, e assim possamos continuar o anúncio do Reinado de Deus, seguindo Jesus, “Ele é o missionário enviado pelo Pai” (cf. Jo 7,29).

Deste modo, um dos principais legados de Cristo enquanto missionário é fazer com que todos nós, batizados e participantes da comunidade de fé, participemos de sua comunhão com o Pai. Somos todos filhos no Filho e “se somos filhos, somos também herdeiros: herdeiros de Deus” (Rm 8,17). E é esse amor de Deus para com seus filhos que devemos anunciar a todas as pessoas, fazendo com que todos se aproximem de Deus assumindo a sua condição de batizado e enviado.

“Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” é o tema do Ano Missionário Jovem, de nossa Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, que iniciará no dia 01 de outubro de 2019 à 31 de outubro de 2020. Em nossa caminhada de fé, partilhamos a fé que assumimos em nosso Batismo enquanto discípulos e missionários do Senhor, bem como, tornamo-nos continuadores da missão de Jesus em nossas Comunidades Eclesiais de Base. O Papa Francisco na Exortação “Alegria do Evangelho”, nos orienta a crescermos na identidade de uma “Igreja em Saída” a anunciar Jesus Cristo aos nossos irmãos nas periferias existenciais, com alegria, porque sem alegria ninguém será atraído pela Boa Notícia.

Anunciar Jesus é fruto da experiência do encontro com Jesus, como o fez a Samaritana, no Quarto Evangelho (Jo 4). O documento de Aparecida ao abordar o caminho do discípulo-missionário aponta: “No processo de formação de discípulos missionários destacamos cinco aspectos fundamentais que aparecem de maneira diversa em cada etapa do caminho, mas que se complementam intimamente e se alimentam entre si” (D.Ap 278):

a) O Encontro com Jesus Cristo: Aqueles que serão seus discípulos já o buscam (cf. Jo 1,38), mas é o Senhor quem os chama: “Segue-me” (Mc 1,14; Mt 9,9). É necessário descobrir o sentido mais profundo da busca, assim como é necessário propiciar o encontro com Cristo que dá origem à iniciação cristã. Este encontro deve se renovar constantemente pelo testemunho pessoal, pelo anúncio do kerigma e pela ação missionária da comunidade. O kerygma não é somente uma etapa, mas o fio condutor de um processo que culmina na maturidade do discípulo de Jesus Cristo. Sem o kerygma, os demais aspectos deste processo estão condenados à esterilidade, sem corações verdadeiramente convertidos ao Senhor. Só a partir do kerygma acontece a possibilidade de uma iniciação cristã verdadeira. Por isso, a Igreja precisa tê-lo presente em todas as suas ações.

b) A Conversão: É a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê n’Ele pela ação do Espírito, decide-se ser seu amigo e ir após Ele, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando a cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida. No Batismo e no sacramento da reconciliação se atualiza para nós a redenção de Cristo.

c) O Discipulado: A pessoa amadurece constantemente no conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre, aprofunda no mistério de sua pessoa, de seu exemplo e de sua doutrina. Para isso são de fundamental importância a catequese permanente e a vida sacramental, que fortalecem a conversão inicial e permitem que os discípulos missionários possam perseverar na vida cristã e na missão em meio ao mundo que nos desafia.

d) A Comunhão: Não pode existir vida cristã fora da comunidade; seja nas famílias, nas paróquias, nas comunidades de vida consagrada, nas comunidades de base, outras pequenas comunidades e movimentos. Como os primeiros cristãos, que se reuniam em comunidade, o discípulo participa na vida da Igreja e no encontro com os irmãos, vivendo o amor de Cristo na vida fraterna solidária. Ele também é acompanhado e estimulado pela comunidade e seus pastores para amadurecer na vida do Espírito.

e) A Missão: O discípulo, à medida que conhece e ama a seu Senhor, experimenta a necessidade de compartilhar com outros a sua alegria de ser enviado, de ir ao mundo para anunciar Jesus Cristo, morto e ressuscitado, a fazer realidade o amor e o serviço na pessoa dos mais necessitados, em uma palavra, a construir o Reino de Deus. A missão é inseparável do discipulado, o qual não deve ser entendido como uma etapa posterior à formação, ainda que ela seja realizada de diversas maneiras de acordo com a própria vocação e ao momento da maturidade humana e cristã em que se encontre a pessoa.

Fontes:
- Guia do mês missionário Extraordinário (CNBB)
- Documento de Aparecida.

Sugestões de documento:
1. Documento de Aparecida: https://www.franciscanos.org.br/wpcontent/uploads/2012/05/docaparecida.pdf
2. A Alegria do Evangelho: ttps://w2.vatican.va/content/dam/francesco/pdf/apost_exhortations/docu ments/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangeliigaudium_po.pdf
3. Christus Vivit: https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents /papa-francesco_esortazione-ap_20190325_christus-vivit.html

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