Artigo

Pe. Tiago Malanquini

O NATAL, O MENINO E O VELHO

Por Pe. Tiago Malanquini

 

No natal celebramos uma das festas mais importantes para os cristãos: a encarnação do Verbo, a manifestação da salvação da humanidade, o nascimento do Salvador. No natal sempre nos deparamos com muitas figuras emblemáticas, mas neste ano me vieram especialmente duas ao coração: o menino e o velho.

 

O menino é, claro, Jesus, o filho de Deus encarnado no seio de Maria, o Messias prometido, o ungido como libertador. O menino Jesus é tão simples e profundo quanto o amor e a ternura de Deus. Deus prometeu, Deus cumpriu: enviou-nos o salvador (cf. Lc 2,11)! O que se ofereceu como expiação de nossas culpas (Rm 5, 9.11), deitou numa manjedoura (cf. Lc 2,7) e foi adorado com ouro, incenso e mirra (cf. Mt 2,11).

 

O velho é, claro, Simeão; quem mais seria, o “bom velhinho” da propaganda? Simeão estava no templo (cf. Lc 2, 25ss), homem “justo e piedoso que esperava a consolação de Israel”. Ele, cujo nome significa “Deus ouviu”, esperou com fé para ver cumprida a revelação: “não morreria sem ver o Ungido do Senhor”. Sua esperança e sua fé o ajudaram a contemplar o Salvador.

 

O menino nos dá a certeza da salvação; o velho nos dá a certeza de que a espera pelo Salvador é sempre frutuosa! Que o menino encontre em nosso coração a mesma esperança e fé que encontrou no velho a ponto de rezamos como um dos prefácios para a missa de natal: “E, reconhecendo a Jesus como Deus visível a nossos olhos, aprendemos a amar nele a divindade que não vemos” (Prefácio do Natal do Senhor I).