Artigo

Pe. Ronaldo Borel de Freitas

O ?SENHOR DOS DIAS?

Por Pe. Ronaldo Borel de Freitas

 

Às seis da manhã despertei com as badaladas do sino da Igreja Matriz enchendo de alegria a alma dos moradores da Vila onde moro. O replicar do sino ecoava por todos os lados comunicando a profunda beleza do sagrado. A sensação era como se Deus estivesse falando e sua Palavra tocando o coração de muitos, envolvendo-os na arte de celebrar a vida e os dons oferecidos. 

 

Assim que os sinos pararam de “falar”, fiz o sinal da cruz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém, para consagrar meu dia, bem como minhas atividades à glória de Deus, a fim de que este sinal me fortalecesse nas dificuldades e desafios a enfrentar. A intenção era, sobretudo, voltar-me para Deus e agradece-lo o dom sublime: a vida.

 

Caminhei até a Igrejinha, no alto da Vila. São oito horas em ponto e a Santa Missa está quase a começar, pois é domingo: Dies Domini, Dia do Senhor, Dia da Ressureição, Dia dos Cristãos, Dia dos Dias, Dia em que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai, é o SENHOR DOS DIAS. Dia de ir à missa, de participar do sacrifício Eucarístico, sinal de Salvação.

 

Pão e Vinho consagrados, transubstanciados em Corpo e Sangue de Cristo, alimento de vida eterna, sacramento de unidade. Me sinto agraciado, repleto de bênçãos do Céu, fortalecido para a missão desta vida e intimamente unido a Cristo. A missa terminou: é hora de partir, é hora de “sair”, abrir as portas fechadas e sair de mim mesmo, sair em missão comprometendo-me com o chamado de Deus e proclamando que o amor do Senhor é para sempre.